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Quais os desafios das IES diante do novo mercado?

Márcio Tobias fala sobre a consolidação do setor, a concorrência com grandes grupos e a competitividade no uso de tecnologias educacionais e de ges...

08/02/2023 às 14h35
Por: Cidade na Rede Fonte: Agência Dino
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Foto: Reprodução
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O mercado de educação no Brasil segue em uma crescente, tanto em número de IES (Instituições de Ensino Superior), como de estudantes. Dados do Censo da Educação Superior de 2019, realizado pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), revelam um total de 15,59 milhões de vagas de graduação na rede privada, contra 837 mil na rede pública.

Paralelamente, uma pesquisa desenvolvida pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em 2019 revelou que o setor de educação cresceu 37,5% entre 2013 e 2017. No período, o segmento passou de 1,3 milhão de empresas ativas para quase 1,8 milhão.

Márcio Tobias, reitor da UNIFLOR, destaca que o mercado observa uma divisão mais igualitária entre alunos à distância e presenciais, sobretudo no ensino superior. “Em 2020, o Brasil tinha 8,6 milhões de universitários, sendo 56% no presencial e 44% na modalidade EaD, de acordo com os dados do Censo da Educação Superior”, reporta.

Para Tobias, é importante refletir a respeito dos desafios das IES diante do novo mercado, após a consolidação do setor e a concorrência com grandes grupos educacionais. “Além disso, vale rever o modo como esta consolidação afetou a competitividade no uso de tecnologias educacionais e de gestão acadêmica e financeira”.

Ainda segundo o reitor, o fortalecimento dos grandes grupos educacionais acarretou uma concentração sem precedentes no mercado da educação.

“A expansão comercial agressiva destes grupos, listados em bolsa de valores e com prioridade em resultados financeiros de curto prazo, ampliou a oferta de cursos de forma inédita, o que é bom”, pontua. “Apesar disso, essa expansão traz uma comoditização da educação e uma queda abrupta no ticket médio. Se, por um lado, acelerou o processo de popularização e massificação da educação, por outro, o fez sem ganhos na qualidade do ensino”, complementa.

Tobias conta que o processo de concentração do ensino foi feito sem qualquer proteção às faculdades presenciais locais e trouxe, em seu bojo, uma quebra sem precedentes de instituições tradicionais. “O processo poderia ter sido mais equilibrado”, diz ele.

Educação precisa humanizar a tecnologia

Na perspectiva do reitor da UNIFLOR, o mercado enfrenta o desafio de consolidar os mecanismos digitais como parte integrante e indissociável no ensino e conciliar a tecnologia com a humanização fundamental na educação. Em outras palavras, o desafio é inserir a tecnologia disponível e humanizá-la.

“A consolidação acelerou um processo, já previamente em curso, de aumentar a eficiência e a produtividade das IES. Se, antes, uma gestão acadêmica e financeira eficiente era uma opção de melhoria de gestão, agora é questão de sobrevivência - é um pré-requisito”, afirma.

Tobias chama a atenção para o fato de que a concentração no ensino foi feita por grandes empresas situadas nas maiores capitais do país que, muitas vezes, não compreendem as necessidades do povo que vive no interior ou longe dos grandes centros urbanos. “Há uma lacuna não preenchida”, conclui.

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