O Espírito Santo segue como destaque no mercado internacional de mamão, consolidando-se como o maior exportador da fruta no país.
Em 2024, os produtores capixabas embarcaram 19,4 mil toneladas para 37 países, gerando US$ 28,3 milhões em receita, um salto de 34,5% em relação a 2023.
Portugal, Reino Unido e Países Baixos foram os principais compradores. De acordo com a Secretaria da Agricultura (Seag), a qualidade da fruta é o que garante o protagonismo capixaba.
O Estado é, inclusive, o único no Brasil autorizado a vender mamão para os Estados Unidos. Somente entre janeiro e julho de 2025, as exportações renderam US$ 18,9 milhões, colocando o mamão como o quarto produto agropecuário em geração de divisas no período.
Crescimento baseado no aumento da produção
O desempenho positivo não veio de preços mais altos, mas do aumento no volume embarcado.
Em 2024, foram exportadas 19,45 mil toneladas, quase 36% a mais que no ano anterior.
Já em 2025, até julho, o crescimento foi de 20,6%, com 12,9 mil toneladas enviadas ao exterior.
Impacto das tarifas norte-americanas
Os Estados Unidos, que compraram 11% da produção exportada em 2024, aplicaram um aumento tarifário que afeta diretamente a cadeia produtiva capixaba.
Para reduzir os prejuízos, o Governo do Estado liberou até R$ 100 milhões em créditos de ICMS para setores atingidos, como rochas ornamentais, pescados, pimenta-do-reino e gengibre, além do mamão.
Produção concentrada no Norte e Noroeste
O Espírito Santo colheu 398,1 mil toneladas de mamão em 2024, com faturamento estimado em R$ 803,9 milhões no Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBPA).
A produção se concentra principalmente em Pinheiros, Montanha, Linhares, São Mateus, Boa Esperança e Pedro Canário.
Juntos, esses seis municípios respondem por 83% do total estadual.
Relevância econômica
Além de ser um dos principais itens da fruticultura, o mamão representa 22% da renda rural do Estado e 2,57% do VBPA capixaba.
As variedades mais cultivadas são o Solo (Papaia ou Havaí) e o Formosa, colhidos principalmente entre setembro e janeiro.
Com esse desempenho, o Espírito Santo reforça sua posição como referência mundial na produção e exportação de mamão, unindo tradição agrícola, qualidade e inovação no campo.
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