
Com o objetivo de redescobrir os espaços da Universidade no campus do Butantã sob o olhar de seus frequentadores, o concurso fotográfico Aos Olhos dos Uspianos recebeu 267 imagens e selecionou 12, destacadas por seus ângulos inovadores e por saírem do lugar-comum. As fotos foram premiadas em cerimônia realizada em 2 de dezembro, no auditório Istvan Jancsó, da Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin.
“Foram escolhas difíceis, a qualidade das fotos estava muito alta, tivemos que deixar muitas boas de fora para escolher essas 12”, disse Alex Soletto, fotojornalista vencedor do Prêmio Esso e membro da comissão julgadora do Aos Olhos dos Uspianos, durante a cerimônia de premiação.
Além de Soletto, participaram do julgamento Luiza Botezelli, fotógrafa documental; Tássia Zanini, professora de fotografia do Centro Universitário Belas Artes; Atílio Avancini, professor de fotojornalismo da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP; Wagner Costa Ribeiro, vice-prefeito do Campus Butantã e Professor Titular da FFLCH; e Wagner Souza e Silva, professor de fotojornalismo da ECA-USP.
Na cerimônia, que contou com exibição das fotografias dos vencedores do lado de fora do auditório, os selecionados subiram ao palco e compartilharam as histórias por trás de suas imagens. Confira abaixo as imagens vencedoras:












A ideia do concurso surgiu como parte da programação dos 90 anos da Universidade em 2024 (clique aqui para conferir a primeira edição). “O concurso Aos Olhos dos Uspianos nasceu com a intenção de oferecer oportunidade à comunidade universitária para expressar sua visão sobre aspectos do campus Capital-Butantã. Além disso, também visa formar um acervo de imagens para uso institucional pela Pusp-CB” conta o professor Wagner Ribeiro, jurado e organizador das duas edições do concurso.
O sucesso entre os frequentadores do campus possibilitou ao concurso retornar em 2025. As fotos inovaram em relação à edição passada, mostrando ângulos mais ousados e surpreendentes, como na fotografia (Com)passos estudantis, de Camila Valerio, aluna da Odontologia. Na imagem, o Conjunto Residencial da USP é visto por outro ângulo, que transforma uma foto de prédio em uma narrativa musical.
“Tivemos muitas inscrições nesta edição que demonstraram olhares bem atentos à diversidade de momentos interessantes que ocorrem em cenas simples do cotidiano […] muitas vezes revelando detalhes que costumam nos passar despercebidos”, comentou Tássia Zanini, jurada desta edição.
Outro exemplo é a foto Entre o voo e o banquete, de Gabriela Marinho, que ampliou a visão para captar o momento exato em que uma cigarra abandona seu casulo. Para Atílio Avancini, jurado pela segunda vez do concurso, essa ousadia é justamente o propósito da competição: “A câmera fotográfica tudo aceita, mas o desafio para os participantes do concurso seria ver os detalhes escondidos. E não ser o porta-voz da versão oficial ou do lugar-comum, ou seja, repetir o já fotografado à exaustão […]”.
A segunda edição do concurso também contou com a diversidade de origem entre os premiados: Pedro, Camila, Giovanna, Guilherme, Gabriela e Ana são estudantes de graduação da Universidade, enquanto Nathalia, Jennifer e Karina são da pós-gradução. Os servidores técnico-administrativos também foram representados por Rafael e Daniel enquanto os professores contaram com Henrique Kanh, aposentado do Departamento de Engenharia Minas e de Petróleo da Escola Politécnica (Poli). “Os jurados não sabem quem são os autores das fotos até a hora da premiação, retiramos todos os nomes e informações pessoais e só entregamos para eles as imagens. Assim garantimos a máxima justiça para o processo de escolha”, destaca Marino Benetti, um dos membros da comissão organizadora do concurso.
Para Wagner Souza e Silva, jurado em 2024 e em 2025, Aos Olhos dos Uspianos é mais do que uma simples competição de fotos. “Mesmo para todos nós, uspianos que frequentamos o campus diariamente, ainda há muito a descobrir na USP. Ela é uma verdadeira cidade a ser explorada, e o concurso representa uma oportunidade de redescobrirmos a Universidade, refletindo um dos aspectos mais valiosos da fotografia: sua capacidade de transformar em encantadoras as cenas ordinárias do nosso cotidiano.”
“O concurso foi, e continua sendo, uma iniciativa admirável, pois revela o que há de mais essencial na fotografia: a liberdade de expressão e a possibilidade de redescobrir os espaços através do olhar de cada participante”, complementou Luiza Botezelli.
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