A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) informou, na tarde desta terça-feira (30), que dois casos suspeitos de varíola dos macacos foram confirmados no município. São os primeiros registros da doença na cidade.
No Espírito Santo, são 202 caso notificados. Destes, 31 foram confirmados, 91 seguem suspeitos e 80 foram descartados.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, os dois pacientes de Cachoeiro já estão curados e permaneceram em isolamento até que o resultado dos exames, que são realizados no laboratório da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), confirmassem a presença do vírus monkeypox, causador da doença.
O secretário municipal de Saúde de Cachoeiro, Alex Wingler, ressaltou que os familiares dos pacientes foram monitorados e não apresentaram sintomas.
Causada pelo vírus monkeypox, a varíola dos macacos apresenta sintomas como febre, dor de cabeça, dores musculares, gânglios inchados, calafrios e exaustão. Dentro de 1 a 3 dias, após o aparecimento da febre, o paciente desenvolve uma erupção cutânea (lesões na pele), geralmente começando no rosto e se espalhando para outras partes do corpo.
A recomendação das autoridades médicas é de que sejam reforçadas as medidas já adotadas durante a pandemia de Covid-19, como higienização frequente de superfícies, disponibilização de recipientes abastecidos com álcool em gel 70% ou de pias com água e sabão para a lavagem das mãos.
Ao sentir algum sintoma suspeito que possa ser compatível com a doença, o paciente deve procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para avaliação. No atendimento, é importante informar se houve contato próximo com alguém com suspeita ou confirmação da doença.
Além disso, é preciso seguir o isolamento indicado pelos especialistas em saúde até o desaparecimento completo das lesões na pele (cerca de 2 a 3 semanas).
“É importante estarmos atentos, principalmente, aos grupos mais vulneráveis a desenvolver a forma mais grave da doença, que são aqueles com sistemas imunológicos mais fragilizados, como os imunossuprimidos, gestantes, crianças e idosos. É preciso redobrar a atenção com esses públicos”, destaca Wingler.
Embora seja denominada “varíola dos macacos”, a doença não tem relação com os primatas, até onde se sabe. De acordo com a Sociedade Brasileira de Primatologia, não há a participação de macacos na transmissão para seres humanos. Todas as infecções identificadas até o momento pelas agências de saúde no mundo foram atribuídas à contaminação por transmissão entre pessoas.
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