O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, proibiu a entrada do presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, de sua esposa e vice-presidente, Rosario Murillo, além de diversos ministros e funcionários do país da América Central no território estadunidense. Na decisão, tomada na terça-feira (16), Biden disse que a proibição foi adotada com base em “abusos” do governo de Ortega.
– A repressão e os abusos do governo Ortega e daqueles que o apoiam exigem uma atitude dos Estados Unidos – afirmou Biden.
No poder desde 2007, Ortega obteve, no último dia 7 de novembro, o quarto mandato consecutivo em uma eleição que ficou fortemente marcada pela ausência de seus principais concorrentes, já que sete candidatos da oposição foram detidos e três de seus partidos foram cassados.
– Tomei a decisão, que é do interesse dos Estados Unidos, de restringir e suspender a entrada de membros do governo da Nicarágua, liderado pelo presidente Daniel Ortega, [estando] incluída a sua esposa e vice-presidente, Rosario Murillo, e todos aqueles vinculados a atos que atentam contra as instituições democráticas do país – destacou Biden.
A longa lista de pessoas com acesso proibido aos Estados Unidos inclui legisladores, prefeitos e membros do gabinete de Ortega, acusados de terem “violado os direitos humanos, para reprimir manifestantes pacíficos”, além de vários funcionários do alto escalão das forças de segurança, dos órgãos governamentais, do serviço penitenciário, da Justiça e do Ministério do Interior.
Na segunda-feira (15), o governo dos Estados Unidos já havia estabelecido sanções contra vários nomes do alto escalão do governo nicaraguense em resposta ao que considerou uma “farsa eleitoral” e no que chamou de “mensagem inequívoca” para Ortega e Murillo.
Em 2019, o governo do ex-presidente Donald Trump já havia colocado sanções contra as lideranças nicaraguenses.