A USP conta com 286 pesquisadores na versão 2024 da lista internacional dos cientistas mais influentes do mundo, elaborada desde 2019 pelo professor John P. A. Ioannidis, da Universidade Stanford, a partir de indicadores padronizados de citações. Trata-se do terceiro crescimento consecutivo da USP na relação, que utiliza dados da base Scopus e já está em sua oitava edição.
O número representa um aumento de 11,3% em relação ao levantamento anterior (249 nomes em 2023), com um ganho real de participação mundial de cerca de 5%. Considerando a série histórica, a USP teve um crescimento acumulado de cerca de 23% em sua participação global nos últimos cinco anos.
O resultado integra a oitava edição do Updated science-wide author databases of standardized citation indicators , publicada em agosto de 2025. O banco de dados, hospedado no repositório de dados da Elsevier (Mendeley Data Repository), é de acesso público e reúne informações sobre pesquisadores de todo o mundo. A metodologia foi originalmente descrita em artigos publicados na revista PLOS Biology (2016, 2019 e 2020).
O parâmetro central de classificação, denominado c-score, foca no impacto medido por citações, em vez da produtividade bruta baseada apenas no número de artigos. O índice também considera o número de coautores e atribui pesos diferentes conforme a posição ocupada pelo pesquisador em cada publicação (autor único, primeiro autor ou último autor).
A avaliação dos indicadores de citação padronizados para autores de ciências considera tanto o impacto acumulado ao longo da carreira quanto o impacto obtido apenas no ano de referência.
Na USP, os pesquisadores estão distribuídos em várias áreas do conhecimento, com maior concentração em saúde, medicina e ciências biológicas. Entre as subáreas de destaque estão: Odontologia (19 nomes), Sistema Cardiovascular e Hematologia (12), Química Analítica (11) e Neurologia e Neurocirurgia (11). Há também forte presença em áreas como Psiquiatria, com 10 nomes, e outras subáreas como Imunologia, Agronomia, Microbiologia e Medicina Tropical, cada uma com 8 pesquisadores.
O Brasil teve 1.461 pesquisadores listados, o que corresponde a 0,6% do total mundial, ocupando a 24ª posição global em 2024. No Estado de São Paulo, foram cerca de 577 nomes, o que representa em torno de 40% do total nacional. Além da USP, destacaram-se a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com 106 nomes; e a Universidade Estadual Paulista (Unesp), com 80. A lista também evidencia o papel fundamental das universidades federais, com mais de 600 cientistas em 2024. Entre as mais bem classificadas estão a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com 61 pesquisadores, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com 60, e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com 57, além de instituições de pesquisa como a Fiocruz e a Embrapa.
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