O Laboratório Central de Saúde Pública do Espírito Santo (Lacen) detectou, pela primeira vez, a circulação de novas subvariantes da Ômicron em território capixaba. A informação foi confirmada pelo secretário interino de Estado da Saúde, Tadeu Marino, em coletiva de imprensa on-line, realizada nessa terça-feira (6), na página oficial da Secretaria da Saúde (Sesa) no Youtube.
Por meio do último sequenciamento genético realizado pelo laboratório, foram confirmadas a circulação das subvariantes XBB.1 e BE.9 em amostras coletadas entre a última semana de outubro e as primeiras semanas de novembro. A Ômicron é uma variante da Covid-19 e conhecida como uma das mais transmissíveis.
O sequenciamento, realizado para a vigilância genômica da Covid-19, segundo Tadeu Marino, foi feito em 86 amostras, sendo 28 amostras de óbitos ocorridos ao longo de 2022 e 58 amostras de pessoas infectadas pelo vírus no período de 30 de outubro a 19 de novembro, referentes às semanas epidemiológicas (SE) 44, 45 e 46.
Segundo o diretor do Lacen, Rodrigo Ribeiro Rodrigues, a vigilância molecular realizada pelo laboratório capixaba ganhou um novo patamar de predição, com a introdução do sequenciamento genético de última geração no portfólio de testes moleculares realizados.
“O sequenciamento realizado no Lacen é importantíssimo, pois permite detectar em tempo real quais são as variantes e subvariantes circulando, além de permitir a detecção precoce de variantes e subvariantes novas, como foi o caso da XBB.1 e da BE.9. A vigilância molecular do Lacen vai se expandir futuramente, com a inclusão do sequenciamento de outros vírus respiratórios e também de arbovírus”, informou Rodrigues.
A XBB.1 é uma recombinante entre as sublinhagens BA.2.10.1 e BA.2.75, que pode trazer maior risco de reinfecção e está associada, com a BQ.1, ao aumento no número de casos de Covid-19 ao redor do mundo. Já a BE.9 é uma evolução da sublinhagem BA.5.3.1, que foi recentemente encontrada no Amazonas, e causou o aumento no número de casos na região.
Entretanto, apesar de escapar mais facilmente da proteção conferida pela vacinação e, consequentemente, ter o poder de aumentar o número de infecções na população, ainda não foi associado a nenhuma dessas subvariantes um aumento de casos graves da doença.
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