O Espírito Santo está usando uma nova tecnologia para proteger suas florestas.
Um moderno sistema de monitoramento por satélite passou a acompanhar diariamente o território do Estado, detectando desmatamentos quase em tempo real.
A ação é coordenada pela Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Seama), em parceria com o Programa Brasil MAIS, da Polícia Federal.
Com imagens captadas pela constelação de satélites PlanetScope, operada pela empresa SCCON, já foi possível identificar 124 áreas com desmatamento irregular entre setembro de 2024 e hoje.
Essas áreas estão espalhadas por 39 municípios e somam mais de 131 hectares, o que resultou em R$ 1,4 milhão em multas e embargos.
A tecnologia permite que a Seama e o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf) atuem com mais rapidez e precisão, direcionando melhor as equipes de fiscalização.
Além disso, o sistema gera relatórios com histórico de alertas, dados mensais de desmatamento e perfil dos responsáveis pelas infrações — que, na maioria dos casos, são pessoas físicas.
Por isso, o governo quer investir mais em campanhas educativas e apoio técnico a pequenos produtores, principalmente no Litoral Sul e no Noroeste do Estado, onde o problema é maior.
Outro ponto importante é que a plataforma ajuda a identificar padrões de desmatamento, permitindo que o governo aja antes que o problema cresça.
Em dezembro de 2024, por exemplo, houve um aumento nos alertas, indicando uma possível ação organizada ou sazonal.
O investimento de R$ 4,1 milhões para manter o sistema por três anos já começa a se pagar: em menos de um ano, um terço do valor foi recuperado em multas.
Mas o maior ganho é a proteção do meio ambiente e o fortalecimento da gestão ambiental do Estado.
Com isso, o Espírito Santo se destaca no cenário nacional como exemplo no uso da tecnologia para proteger suas florestas.
A expectativa é expandir o sistema, integrar novos dados e tornar as informações mais acessíveis à população.
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