A partir de janeiro de 2026, empresas brasileiras começarão a transição para o novo modelo de notas fiscais, previsto na reforma tributária.
Inicialmente, será aplicado simbolicamente 1% do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS).
A maior preocupação, contudo, não está no valor e sim na operação. Sem adaptação, a nota não será emitida e o faturamento pode ser interrompido.
O advogado tributarista Samir Nemer explica que sem os campos obrigatórios do IBS e da CBS, a nota simplesmente não sai.
“Sem nota, não há faturamento nem conclusão de operações. Pequenas e médias empresas, com menos recursos tecnológicos, correm maior risco de paralisação e ruptura em suas cadeias de fornecimento”, acrescenta.
Além disso, a reforma exige integração entre estados e municípios, abrangendo setores como saneamento, locação e mercado imobiliário.
Apesar da Receita Federal disponibilizar os modelos até dezembro, muitas empresas ainda não iniciaram testes em ambiente de homologação, aumentando a chance de falhas.
Para evitar problemas, Nemer recomenda mobilizar equipes de tecnologia, contabilidade e jurídico para revisar processos, adaptar sistemas e simular operações no novo ambiente.
“A transição para IBS e CBS é inevitável. Quem não se preparar a tempo corre risco de travamento operacional e prejuízos significativos”, alerta.
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