Mais de 20 distribuidoras de bebidas da Grande Vitória foram fiscalizadas em uma ação conjunta da Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales), da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon) da Polícia Civil (PCES) e do Procon-ES. Ao todo, 200 garrafas foram recolhidas por apresentarem indícios de falsificação e ausência de documentação fiscal. As amostras serão analisadas pela Polícia Científica do Espírito Santo (PCIES).
O presidente da comissão da Ales, deputado Vandinho Leite (PSDB), explicou que a ação foi motivada por denúncias. “Tanto o lacre quanto a questão da tampa e o formato. (…) Eles colam geralmente com a cola quente, fica fácil de identificar porque você consegue girar a tampa a partir de baixo, ela se divide em duas. (…) Fica clara ali a falsificação desses produtos”, disse. Segundo ele, as apreensões se concentraram em whisky e gin, e novas fiscalizações poderão ocorrer em outros tipos de estabelecimentos.
O delegado Eduardo Passamani, titular da Decon, destacou que a ação teve caráter preventivo, em razão de casos de metanol em bebidas registrados em São Paulo. “Foram três dias de fiscalização e mais de 20 estabelecimentos na Grande Vitória foram fiscalizados. Encontramos 200 produtos com condições de falsificação”, afirmou. Ele reforçou que os itens não tinham nota fiscal e os responsáveis podem responder por crime contra as relações de consumo, com pena de até cinco anos de prisão.
A diretora-geral do Procon-ES, Letícia Coelho, alertou para os riscos ao consumidor. “Um terço das bebidas comercializadas no Brasil são adulteradas, falsificadas ou fruto de descaminho. (…) O consumidor precisa estar atento para não adquirir produtos falsificados”, orientou
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