Apreensivo, ansioso, às vezes até angustiado, mas sem esperança nunca. Ressentido quando a injustiça, a indiferença, a ingratidão ficam muito evidentes, não obstante, para mim, retomar, reiniciar, recomeçar é um hábito diário. Sentimentos estranhos podem ocupar meu coração por alguns dias, mas logo os expulso e ocupo-me com afeto, ternura, graça, amor e as melhores lembranças.
Sem fé nunca, embora, insisto, tenho fé suficiente para cada dia e a cada manhã ela se renova.
Me destempero e sempre me arrependo por ter destemperado, pois aprendi que, aqueles com os quais me destemperei, nunca esquecerão meu destempero e lidarão comigo a partir dele, às vezes se distanciando de mim.
É assim que encerro mais um dia, mais uma semana, semana dura, difícil, triste, mas agarrado aos amigos que se manifestam com generosidade de diversos modos. Nossa! Nem sei o que dizer, senão, muito obrigado e que o Eterno lhes agracie de modo que nada nunca lhes falte nada.
A paz que reside em mim não é uma paz alienada, não, não mesmo, ela é real, assim como real são os dias maus e os tempos ruins. Por isso agarro-me aos fiapos de esperança que passam por mim e sigo crendo, pois tenho um Deus e não tenho a quem recorrer senão a Ele.
Perdoem-me o desabafo, os lamentos que transformo em oração ao meu Deus, pois sei que Ele não me rejeita. Sim, Ele sabe bem quem sou, mas não me rejeita.