Para o consumidor final - como caminhoneiros, transportadores de passageiros em coletivos - o reajuste deve chegar nas bombas aproximadamente na metade, com uma inflação de cerca de 4,5%. Mas conforme explicam os especialistas ouvidos pela BBC News Brasil, ainda que a população não sinta o efeito diretamente em curto prazo, a alta deve, sim, ser repassada. "O diesel já havia subido 49% nos últimos 12 meses, então qualquer reajuste que surja daqui pra frente pesa mais na estrutura produtiva", aponta André Braz, coordenador do IPC (Índice de Preços ao Consumidor) do FGV IBRE (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas)
O aumento tem pouco impacto no IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), medida usada para acompanhar tendências de inflação para o consumidor final. "Mas quando se trata do IPA, índice que mede a inflação ao produtor indústria e agricultura, o diesel tem um peso até maior do que a gasolina. Isso porque todo o processo produtivo, desde o funcionamento das máquinas agrícolas até sistema de logística. Tudo que consumimos de bens ou serviços tem o diesel como insumo em alguma magnitude", explica Carla Argenta, economista-chefe da CM Capital Markets. Dessa forma, ainda que não seja de um dia para o outro, os custos devem chegar à população.
Outro ponto que pode ser sentido pela população geral é o aumento das passagens de ônibus. Até o momento, a alta das passagens não havia sido tão significativa. O IPCA aponta aumento da de ônibus municipais em 1,2%, e para os intermunicipais e interestaduais, entre 1,5 e 2,5%.
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