Maria Victória Loureiro, advogada da família de Carla Valadares da Silva, atropelada e morta há três anos, acredita em uma pena alta para o acusado Adilon Roberto de Souza, ex-marido e pai dos filhos dela. Ele será julgado hoje (10), às 9h30, no Fórum Municipal de Guaçuí.
“Primeiro é necessário esclarecer que não se trata de um acidente. Hoje será julgado o homicídio qualificado da vítima Carla Valadares, que foi atropelada intencionalmente por seu marido, pai de seus filhos, que quis lhe tirar a vida de uma maneira cruel”, pontua a advogada.
A profissional relata sobre o andamento do processo e as qualificadoras do crime. “Eu acredito numa condenação com a pena justa, sendo alta porque é o que buscamos e o que a lei determina. Quando da pronúncia, a magistrada confirma o julgamento de três qualificadoras no crime: de homicídio (motivo futil; meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum; e, contra a mulher por razões da condição de sexo feminino). E eu, como assistente da acusação, vou trabalhar para a confirmação delas pelo Conselho de Sentença”, explica.
Quanto ao tempo de prisão, a advogada esclarece que vai depender da dosimetria da pena. A dosimetria penal é um componente crítico do sistema de justiça criminal, sendo o processo pelo qual se determina a pena que um indivíduo condenado deve cumprir. “E acredito também que o réu só terá o direito à liberdade quando terminar de cumprir parte dessa pena”, conclui a advogada.
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